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JF Mudas: Produção que sai da região para todo o Estado

Do interior de Feliz para plantações e as mesas de gaúchos de todas as querências. Esse é o caminho das mudas produzidas por João Alberto Franzen na propriedade localizada na Estrada Júlio de Castilhos. Com uma experiência de mais de 20 anos de atividade, a JF Mudas vende seus produtos desde 2005 para todo o Rio Grande do Sul.

“Produzi morangos por 17 anos, mas abandonei a cultura em virtude de muitos problemas com fungos e bactérias. Então, em meados de 2001 comecei a produzir mudas de hortaliças para minha propriedade. Foi quando outros produtores começaram a me pedir para fazer mudas para eles. No início era só alface, mas o negócio foi crescendo e, desde 2005, se tornou minha atividade principal. Hoje trabalho com grande variedade de hortaliças, além de chás e temperos, e tenho toda minha produção vendida para a Ceasa de Porto Alegre e também agricultores do Vale do Caí e da Serra Gaúcha”, conta João Alberto.

Orgulhoso, ele explica um pouco do seu trabalho. “As mudas saem daqui prontas para serem plantadas e cultivadas. Eu compro turfa da Letônia. Trata-se de uma planta que cresce antes das nevascas, que depois é coberta pela neve e entra em decomposição embaixo da camada de gelo. Na primavera a neve é retirada e fica a turfa, uma espécie de palha que é prensada e enviada em sacos grandes de 50 quilos.” João Alberto explica que a turfa chega e vai para o misturador, onde é desmanchada e misturada com casca de arroz. “A casca de arroz é carbonizada e drena a umidade da turfa. Depois vai para o cilo, faz a marcação e semeia a muda.”

O produtor afirma que o carro chefe é a alface, que tem produção o ano todo. “Agora estamos vendendo as mudas de couve flor e repolho, por exemplo, que aqui não dá para plantar no verão por ser muito quente, mas na Serra em cidades como São Francisco de Paula e Cambará do Sul se planta o ano todo. As vendas são todas por whatsapp, já sai toda a produção daqui vendida apenas para entregar”, destaca João Alberto.

Mercado competitivo e insegurança exigem cautela

João Alberto Franzen salienta que a pandemia impactou fortemente o setor, porque muitos dos produtores que são seus clientes fornecem para as escolas dos municípios. “Como as aulas foram suspensas naquele período, não tinham mais esse mercado principal para vender as hortaliças e isso retraiu a atividade, principalmente em 2021.”

Ele afirma que o mercado está bem competitivo. “Quero modernizar, mas por enquanto vou esperar para ver como as coisas serão com o novo governo federal. Tem muitas empresas demitindo e muita gente receosa com o futuro próximo, então vou ser cauteloso também. O que dizem é que muita empresa deve fazer demissões a partir de março. Trabalho com sementes importadas, da Letônia e de uma empresa de japonesa que processa sementes brasileiras, japonesas e americanas, além de outros fornecedores, que podem ter aumento considerável de custo, então todo o próximo passo tem de ser muito bem avaliado”, completa o produtor.

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